Revista LOJAS Papelaria - Edição 270

18 JAN/FEV 2018 - LOJAS PAPELARIA ARTIGO Como aumentar a inteligência de negócios no varejo? * Por André Romero O ano mal começou, mas certamente a maior preocupação das empresas é aumentar as vendas num período ainda mar- cado pela crise. Nesse cenário, é comum que tanto a indústria quanto o varejo recorram a estratégias que vão muito além de promoções que liquidam mercadorias, mas aniquilam os lucros. Sendo assim, o jeito é apelar para a inteligência de negócios, que é muito melhor aproveitada se vier carregada de tecno- logia. O uso de softwares, por exemplo, é uma tendência. Por meio da captação de informação por sistemas fica muito mais fácil analisar o comportamento do consumidor, a fim de in- fluenciá-lo na tomada de decisão pela compra de um produto. Atualmente, até os pequenos varejos já estão investindo nesse tipo de ferramenta. Outro recurso que vem expandindo muito são as câmeras es- condidas. Elas são capazes de acompanhar o fluxo dentro de um ponto de venda e gerar mapas de calor, apontando os lo- cais mais nobres para a exposição de um produto. Com elas, é possível descobrir para onde o consumidor olha, o que o atrai. Shoppings centers costumam usar essa tecnologia para nego- ciar os melhores aluguéis para os pontos mais estratégicos de circulação. Há ainda a possibilidade de realizar “laboratórios” em lojas es- pecíficas com um estratégico e heterogêneo grupo de clientes. A ideia é fazer pesquisas focais utilizando tecnologia e criando um ambiente favorável para a exposição de ideias e troca de informações entre profissionais do varejo e consumidores. Dar voz ao cliente é barato, simples e muito eficaz.    Cabe destacar também a importância de criar uma sinergia entre varejo e indústria. Enquanto um está na ponta, analisan- do comportamentos e gerando informação, o outro é o que tem a capacidade produtiva, podendo criar produtos que realmente atendam às necessidades e desejos do consumidor. É preciso criar mais parcerias estratégicas entre as duas pontas, geran- do ganhos para todos. Contudo, infelizmente, tanto o varejo quanto a indústria ten- dem a achar que tecnologia e inteligência de negócio são ações caras e de complexa implantação. Mas a verdade é que boas ações nesse sentido podem acarretar em ações estraté- gicas de marketing muito mais eficientes e financeiramente rentáveis. Para isso, basta realizar um estudo do impacto financeiro relacionado à economia que a assertividade traz quando se tem informações mais qualificadas. Por fim, de nada adianta gerar informação se elas não forem muito bem processadas. O ponto mais importante na inteligên- cia de negócio não é a tecnologia em si - essa é apenas um meio. O que realmente faz a diferença é a interferência hu- mana, analisando as informações e criando ações que gerem resultados. A combinação perfeita entre tecnologia e gestão da informação é o que certamente vai garantir um 2018 com lucros melhores, mesmo em tempos difíceis. Pode apostar. * André Romero é diretor da Red Lemon Agency, agência espe- cializada em comunicação, field marketing e ações promocio- nais “O ponto mais importante na inteligência de negócio não é a tecnologia em si - essa é apenas um meio. O que realmente faz a diferença é a interferência humana, analisando as informações e criando ações que gerem resultados”

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