Revista LOJAS Papelaria - Edição 272

LOJAS PAPELARIA - ABRIL 2018 17 De acordo com os resultados do estudo IDC Brazil Tablets Tracker Q4/2017, entre outubro e dezembro de 2017, foram vendidos no Brasil 1,2 milhão de tablets, 2% a menos do que no mesmo período de 2016. Com esses núme- ros, o mercado brasileiro de tablets fechou o ano com uma queda de 4,8% e um total de 3,79 milhões de unidades vendidas - um desempenho que indica uma recuperação significativa em comparação aos anos anteriores - em 2015, as vendas registraram uma queda de 39%, e em 2016, de 32%. “Depois do boom de vendas entre 2012 e 2014, vários fatores impactaram o mercado, como a ascensão dos smartphones, que se tornaram mais aces- síveis,  ganharam telas maiores e tomaram o lugar do tablet como dispo- sitivo móvel preferido para acesso à internet, e o início da crise econômica em 2015, que fez o dólar disparar, aumentando os preços dos produtos importados, que chegavam ao mercado com custo muito baixo”, comenta Wellington La Falce, analista de pesquisa da IDC Brasil. A experiência ruim com equipamentos importados econômicos, mas de baixa qualidade e ga- rantia, também contribuiu para minar a imagem dos tablets. Segundo ele, depois de dois anos de queda acentuada nas vendas, muitas marcas saíram de cena, houve uma consolidação do mercado e quem ficou está mais focado e com estratégias bem agressivas. Com isso, em 2017 as vendas tiveram uma queda pequena e o segmento chegou a um ponto de maturidade. “Hoje vemos poucas marcas atuando em nichos bem definidos, com equi- pes dedicadas e foco em qualidade e preços mais atraentes. O consumidor não deixou o tablet de lado, e mesmo que os dispositivos de entrada, com preço inferior a R$500, ainda dominem o setor, com 72% de fatia de merca- do em 2017, houve um crescimento na faixa média, de equipamentos entre R$500 e  R$1000, com 20% das unidades vendidas no ano passado”, diz o analista da IDC. Em termos de receita, registrou-se uma queda de 9%, com R$1,88 bilhão em vendas durante o ano de 2017, contra R$2,08 bilhões em 2016. O valor do ticket médio caiu de R$513 em 2016 para R$ 497 em 2017. No quarto trimestre, no entanto, registrou-se a melhor receita do ano, com deman- da mais alta por produtos melhores. Neste período, foram vendidos 1,209 milhão de tablets - uma retração de apenas 2% em comparação com os últimos três meses de 2016, mas o ticket médio do período foi de R$524,00 – 7% acima do mesmo período de 2016, o que impulsionou um crescimento em receita de 4,7%. Para 2018, a IDC Brasil ainda prevê uma queda no mercado de tablets, mas com um mix de produtos melhor e uma tendência à estabilização e ao equilíbrio de oferta e demanda. “A previsão para este ano é que as vendas cheguem a 3,58 milhões de equipamentos, com uma retração de 5,6% em relação ao ano de 2017. O mercado continuará focado em produtos para crianças, mas o público mais maduro também estará olhando para essa categoria e procurando equipamentos com especificações melhores”, acre- dita La Falce. Mercado de tablets fecha o ano de 2017 com queda de 4,8% e dá sinais de estabilização Vendas no ano passado somaram 3,79 milhões de unidades, contra 3,98 milhões em 2016; apesar de negativos, os resultados indicam uma recuperação se comparados aos últimos dois anos, que registraram quedas de 39% e 32%; quarto trimestre foi o período com melhor desempenho de 2017, com 1,2 milhão de tablets vendidos e melhor ticket médio tabilidade.  Apesar disso, a IDC não prevê o fim dos celulares em um futuro próximo. “Ainda temos muitas áreas sem cobertura 3G ou 4G, por exemplo, e isso pode dar uma sobrevida a esse tipo de aparelho”, acredita Munin.  Vida longa também deve ter os smartphones entre R$700 e R$1.099, os chamados intermediários. Em 2017, eles reinaram absolutos, com 49% das vendas. Abaixo deles, com 22%, ficaram os aparelhos de entrada (até R$600), e os modelos high-end (de R$1.100 a R$ 1.999), com 20%. Os smartphones premium, de R$2.000 a R$2.999, fecharam 2017 com 3% do mercado e foram a categoria com a maior taxa de crescimento - 80% - em relação a 2016. Já os modelos super premium, que custam acima de R$3.000, ficaram com 5%, índice de vendas inédito na categoria e que, segundo o analista da IDC, mostra que o consumidor está investindo em aparelhos mais sofisticados. O ano fechou sem surpresas também em termos de sistema operacional: 95,1% dos aparelhos vendidos tinham sistema operacional Android, e 4,9% IOS.  Para a IDC, essa média vem desde 2014 e deve ser mantida.  O que esperar em 2018 “Não há nada disruptivo no horizonte dos celulares. Talvez a chegada de alguma grande marca global ou a volta de algum outro player agite 2018, mas a tendência não é de fortes movimentos”, analisa Munin. “Modelos com câmera dupla frontal e traseira continuam fortes; aparelhos com tela infinita e de resolução 18x9 a preços mais acessíveis devem surgir, e o vidro nos dois lados do aparelho pode provocar alguma oscilação, mas nada que altere significativamente o mercado brasileiro. Ou seja, o Brasil deve continuar sendo o quarto país do mundo em volume de celulares. “Não há perspectiva de ser o terceiro, mas também estamos longe de ir para o quinto lugar”, diz o analista da IDC Brasil.  Quarto trimestre de 2017 No quarto trimestre de 2017 foram vendidos 786 mil features phones   e 12,6 milhões de smartphones, respectivamente queda de 40% e cresci- mento de 0,3% em relação ao mesmo período de 2016.

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