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PAPO DE BALCÃO
Lojas
Dezembro
2009
22
“Todo produto
dirigido ao
grande público
é bem-vindo,
seja na escrita,
nas cadernetas,
nas pastas, nos
fichários, todos
cada vez mais
atrativos. O mix
de produtos
tende a crescer e,
hoje, percebemos
que as papelarias
estão tendo
mais procura
justamente
porque se
adaptaram a essa
nova realidade
do mercado”
Revista Lojas - Isso já deve começar pratica-
mente com a nova gestão?
Nogueira -
Sim, devemos começar com a
nova gestão que terá início a partir da pri-
meira quinzena de fevereiro ou da primeira
semana de março.
Revista Lojas - Como está composta a nova
diretoria?
Nogueira -
Somos 15 diretores. Da gestão
atual permanecem oito e seis companheiros
foram substituídos por novos membros, que
já tinham uma participação ativa, além do
presidente.
Revista Lojas - Existem outros projetos mais
específicos?
Nogueira -
Há muitas sugestões, procuramos
através dos associados incentivar grupos para
que se organizem como centrais de compras,
como a Redepel, um grupo de papelarias da
zona sul da capital paulista, que congrega em
torno de 20 papelarias. Estamos trabalhando
com o companheiro ‘Bira’ (Ubirajailton Mei-
ra), que é da região leste, que já tem um gru-
po de amigos que nós queremos incrementar,
estendendo para lá as palestras que fazemos
no centro, na nossa sede. Dentro do possível,
queremos fazer um seminário ao ano e há
uma série de assuntos que ainda estão sendo
discutidos entre nós. Pretendemos fazer uma
reunião para definir isso.
Revista Lojas - Em sua opinião, 2010 vai ser
um bom ano para o Brasil?
Nogueira -
Francamente, eu vejo com mui-
to otimismo, inclusive para o segmento de
papelaria. Todos nós começamos nossa vida de
criança ganhando um lápis, uma folha de pa-
pel e começamos a rabiscar. Depois, vimos que
se o rabisco ou a letra não ficavam bons, tínha-
mos uma borracha. Depois, ganhamos o apon-
tador e, aí, vem toda essa série de artigos que
nós conhecemos. O segmento de papelaria
está em franco crescimento. Nós acreditamos
porque o próprio ministro da Educação propôs
que o presidente Lula adotasse uma política de
redução de tributos para o comércio de artigos
escolares, que nós representamos. Através da
Fecomércio estivemos em contato, em Brasília,
com o gabinete do secretário do ministro da
Educação, que nos encaminhou ao ministério
da Fazenda e já protocolamos um oficio em
nome do Simpa nos propondo a colaborar no
aperfeiçoamento dessa lei, mas que seja uma
lei para sempre e não uma medida provisória,
porque uma esferográfica pagar 20% de IPI é
um absurdo. Pagamos em artigos de plásticos,
como uma régua ou um transferidor, 15%;
pagamos em uma pasta de elástico, que todas
as crianças precisam, 15%; numa hidrocor,
que substitui o lápis de cor, 20%. Estou dando
exemplos práticos, pois a lapiseira, que é
fundamental hoje, tem imposto também de
20%. Contamos também com o apoio dos
industriais, que nos passaram a tabela da clas-
sificação fiscal desses produtos, e pleiteamos
uma revisão sobre esses tributos para que haja
uma redução nesses custos, que, logicamente,
nós repassaremos imediatamente ao consu-
midor. A nossa preocupação, o nosso objetivo
como entidade, é defender toda a categoria,
o comércio varejista, atacadista, as papelarias
e todas as distribuidoras de material escolar e
de escritório, dando ênfase ao material escolar,
logicamente.
Revista Lojas - As perspectivas são boas,
então?
Nogueira -
A nossa palavra é de otimismo,
como foi dito, porque o segmento é muito
rico e temos o privilégio de termos compa-
nheiros de 30, 40 anos de atividade e que
continuam acreditando, continuam traba-
lhando. Isso para nós é um exemplo de que
a nossa perseverança deve continuar. Com
certeza teremos um ano novo tranquilo, com
resultados positivos, não somente econômi-
cos, mas em satisfação pessoal de termos feito
a nossa parte.