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Lojas
Março
2011
52
papéis de impressão
mundial de papel até 2015 seja da ordem
de 1,8% ao ano, sendo imprimir e escrever
com taxa média de 0,9% ao ano.”
Papéis reciclados
Algumas empresas do segmento editorial
se preocupam em fornecer produtos que
tenham foco em sustentabilidade e, por
isso, investem na produção de materiais
para o segmento escolar que levam em
sua composição componentes reciclados
ou provenientes de fontes renováveis e de
origem controlada.
“Algumas escolas sugerem o uso de papel re-
ciclado na sua lista de material, porém, com
a maior conscientização do público em geral,
o mais importante é que o consumidor tenha
opção para escolher, seja entre um produto
certificado ou entre um papel reciclado com
processo de recuperação
controlado e de baixo impacto, ou ainda que
opte pelas duas coisas, como é o caso do
Reciclato Suzano”, argumenta De Marco.
A linha Reciclato é destinada tanto ao con-
sumidor final, no formato A4 ou carta, por
exemplo, quanto para processos industriais,
para gráficas e editoras, para a produção de
publicações, materiais promocionais,
embalagens. “É importante também frisar
que, além do Reciclato natural, as gráficas
também podem fazer seus trabalhos no
Reciclato Branco, que mantém o mesmo
apelo sustentável, mas produz um resulta-
do final com maior fidelidade de cores”,
justifica o gerente da Suzano.
Desde o lançamento do Reciclato, em 2001,
explica De Marco, a Suzano identificou no
mercado brasileiro a oportunidade de entrar
em um nicho ainda não explorado. “Não
havia no Brasil um papel 100% reciclado de
qualidade, produção em larga escala e que
atendia os benefícios socioambientais para
grandes empresas. Além do apelo social e
ambiental, que é a grande alavanca para
o crescimento deste nicho no mercado
brasileiro, o crescimento também vem com
a valorização de consumidores e empresas
preocupadas em contribuir com a preserva-
ção do meio ambiente”, observa De Marco.
Na opinião de Duckur, a expansão da eco-
nomia com inclusão social está ampliando a
demanda de papéis reciclados no segmento
escolar, em primeiro plano pelo aumento
do investimento na educação e em segundo
plano pelas novas oportunidades que fo-
mentam os pequenos empreendedores que
surgem aos milhares por todo o Brasil. “O
consumo destes papéis será norteado pelas
ações voltadas à educação e pelas oportu-
nidades que fomentam novos empreende-
dores. Cremos que a customização poderá
criar maior segmentação no mercado das
papelarias e, por tal, talvez mais consumo.”
Já Guilherme De Prá Neto, gerente de
produto da GCE Papéis, ressalta que o
segmento escolar conhece somente os
papéis reciclados convencionais de cor
escura fabricados com um misto de papéis
usados e aproveitamento de produção de
papel branco, que dá essa cor escura, esse
aspecto rústico. “Isso porque a fábrica não
consegue clarear fibras tingidas. Existem
outras alternativas de reciclados de alta
qualidade, como os produzidos com baga-
ço de cana de açúcar, que com certeza vão
revolucionar o mercado de reciclados, tra-
zendo cada vez mais clientes que procuram
produtos ecológicos de alta qualidade que
não modifiquem a sua rotina. A consciên-
cia por produtos ecológicos é uma tendên-
cia mundial. As pessoas, as comunidades,
as empresas estão procurando caminhos
para reduzir o aquecimento global e ter-
mos um planeta sustentável.”