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PAPO DE BALCÃO
Lojas
Junho
2011
11
Revista Lojas - O que significa para a
GCE Papéis ser a primeira empresa bra-
sileira a trabalhar com o papel cut-size
produzido à base do bagaço de cana
de açúcar?
Luiz Machado -
O nosso projeto passou
por etapas importantes até a consolidação.
Além de conhecer o mercado de cut-size,
também tínhamos domínio do processo de
industrialização e com essa bagagem pude-
mos interagir junto à fábrica propondo mu-
danças em algumas especificações do papel
para que o mesmo pudesse atender o mer-
cado de copiadoras e impressoras das mais
diversas marcas e modelos, mudanças como
teor de umidade, lisura e opacidade, criando
embalagem que preservasse as características
necessárias para uma excelente impressão,
tornando-o o papel mais branco do segmen-
to de reciclados e com grande apelo ecológi-
co, além de ser alcalino, o que preserva por
muitos anos a alvura apresentada.
A etapa seguinte foi o lançamento do Eco-
quality, que é a primeira marca brasileira de
papel sulfite à base de cana-de-açúcar. Este
é outro importante diferencial. O registro da
marca foi estratégico, porque a esta marca
estão associados os atributos que asseguram
O bagaço usado como matéria-prima é proveniente da produção
de etanol, açúcar e de outros produtos derivados da cana-
de-açúcar. Quando não reaproveitado para a produção de
papel, este resíduo é aterrado ou incinerado para a obtenção
de energia termoelétrica; ao reaproveitá-lo há, portanto, uma
menor emissão de gases de efeito estufa.
“O Ecoquality é comercializado em todo o Brasil, concentrando-
se a maior demanda nas Regiões Sul e Sudeste. O mercado
de cut-size é muito grande e há espaço para um crescimento
sustentável ao longo do tempo”, ressalta Machado.
Confira a entrevista abaixo:
ao cliente que ele está consumindo um papel
de qualidade e que conta com todo o respal-
do do fabricante, além de contribuir com a
preservação do meio ambiente, sendo pro-
duzido em escala industrial e que se utiliza
de uma matéria-prima alternativa, porque é
fabricado a partir de um resíduo proveniente
de outra atividade industrial, mas também
é inerente à marca o que citamos acima: a
qualidade deste papel, a garantia de supri-
mento regular, enfim, estamos satisfeitos em
trabalhar com um produto que atende de
forma muito positiva os anseios das empre-
sas “verdes”.
Revista Lojas - Como foi desenvolvida
essa tecnologia?
Luiz Machado -
Desde a invenção do
papel, há muitas tentativas de uso de fibras
alternativas. No Brasil, fibras alternativas
remetem, na maioria das vezes, a papéis
artesanais. Encontram-se no mercado papéis
à base de fibra de bananeira, de fibra de
beterraba, e muitas outras. Essa cultura foi
a primeira barreira que a marca Ecoquality
precisou remover: mostrar ao mercado que a
fibra de cana-de-açúcar propicia a produção
de papel em escala industrial e de qualidade.