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A história do lápis
Os primeiros lápis foram feitos
artesanalmente. Um entalhador de
móveis cortou a madeira e esculpiu
um talho para servir de apoio
para a grafite. Os usuários de lápis
eram, principalmente, carpinteiros
e artistas.
Mais tarde, em princípios do século
XIX, com o rápido aumento de
preço da grafite durante o período
das guerras napoleônicas, desenvolveu-se uma mistura de grafite pulverizada
com barro úmido. Depois, as varas finas talhadas foram queimadas e embebidas
em óleo ou cera.
Atualmente, os lápis são trabalhados a partir de tábuas de sarrafo, sendo que
cada par de tábuas produz até dez lápis convencionais. Além disso, a mina grafite
é feita com a mistura homogênea de argila e grafite, sendo que a primeira é res-
ponsável pela resistência da mina,e as partículas de grafite completam o volume
e conferem o grau de preto à mina (poder de cobertura). A proporção argila e
grafite empregada na composição da massa dá ao lápis características diferentes
e determina a graduação (dureza) do lápis.
Para diferenciar os tipos de graduações, Lothar Faber criou, no século XVIII, uma
escala que se tornou um padrão internacional. As graduações padrão disponíveis
incluem os seguintes tipos: 6H, 5H, 4H, 3H, 2H, H, F, HB, B, 2B, 3B, 4B, 5B e 6B.
Quanto maior o número H (referência à palavra inglesa ‘hard’/duro), mais claro
e mais duro é o traço. Por outro lado, quanto maior o número B (referência à
palavra inglesa ‘black’/preto), mais preto e macio será o traço. Também existem
as graduações HB (hard e black) e F (referência à palavra inglesa ‘fine’/fino), que
apresenta um traço fino e resistente.
Para a escrita em geral, são usadas as graduações semelhantes a 2B, B e HB, mais
conhecidas como nº1, nº 2 e 2½, respectivamente. Os lápis muito macios são
usados principalmente para escurecer e fazer preenchimentos. Os lápis interme-
diários são indicados para sombreamentos, enquanto os lápis muito duros são
usados principalmente para desenho técnico. Um bom meio termo para o uso
cotidiano são os lápis HB, B e 2B, que apresentam boa resistência, traço escuro e
facilidade ao apagar.
Além disso, o formato do lápis também sofreu avanços ao longo do tempo, e
hoje existem cortes transversal hexagonal, triangular e redondo, além de tama-
nhos especiais, como o lápis Jumbo, da Faber-Castell (para escolares e crianças de
pré-escola), com diâmetro maior, formato ideal para mãos pequenas. Por último,
os produtos da linha Grip, da Faber-Castell, completam a evolução, com formato
triangular e exclusivas esferas antideslizantes, que oferecem mais firmeza à pega,
garantindo melhor aderência e muito conforto ao escrever.