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tablets
Por Marcos Mila
A febre do momento
Estima-se que as vendas de tablets atinjam 7,2 milhões de
unidades neste ano, 120% a mais do que foi registrado em 2012
Apenas no segundo trimestre deste ano foi
comercializado 1,92 milhão de tablets no
Brasil, o que representa um crescimento de
151% em relação ao mesmo período no ano
passado. Com esse desempenho, os tablets
conquistaram ainda mais espaço no mercado
de computadores, chegando a 35% do total
e sendo superados apenas pelos notebooks,
que responderam por 38% das vendas no
trimestre, enquanto os desktops ficaram com
27%.
Em relação ao sistema operacional, 95% dos
tablets comercializados no período eram ba-
seados em Android, contra 68% no segundo
trimestre de 2012. A fatia de equipamentos
de baixo custo, com preço de até R$500,
dominou as vendas no período, com 55%
do total. O preço médio dos tablets caiu de
R$968 no segundo trimestre de 2012 para
R$628.
De acordo com Pedro Hagge, analista da IDC,
a expectativa de vendas de tablets no merca-
do brasileiro em 2013 foi revisada para cima.
Estima-se que serão 7,2 milhões de unidades,
120% a mais do que o registrado em 2012.
No final do primeiro trimestre, a projeção
era de 5,9 milhões de unidades neste ano.
“O Brasil é um mercado em ascensão para
os tablets, com grande parte dos usuários
comprando seu primeiro dispositivo. Nosso
mercado continua muito sensível a preços, e
os tablets são acessíveis para o poder aquisi-
tivo do consumidor brasileiro, representando
uma opção viável de sistema para uso básico
e acesso à internet”, diz o analista.
Embora os usuários domésticos sejam os
principais compradores de tablets - 82% no
segundo trimestre -, o mercado corporativo
cresceu no período, e o setor de educação
tem se destacado com grandes projetos,
como o ProInfo, do Ministério de Educação.
Em pouco menos de um ano já foram entre-
gues mais de 600 mil máquinas para escolas
públicas.
Como possível tendência no segmento cor-
porativo, Hagge aponta os dispositivos com
sistema operacional Windows. “A entrada
do Windows no mercado de tablets pode
acelerar a adoção desses dispositivos pelas
empresas, ao permitir a compatibilidade com
aplicações corporativas para uso por trabalha-
dores remotos e também no próprio escritó-
rio”, diz o analista.
Para Reinaldo Paleari, gerente de produtos
da Multilaser, o aumento das vendas se deve,
principalmente, pela baixa nos valores dos
aparelhos. “Sem dúvida, os tablets caíram no
gosto dos brasileiros. Os ‘devices’ chegaram
com tudo e com preços bastante competi-
tivos. Seguindo a tendência do segmento, a
Multilaser traz para o mercado dispositivos
com uma ótima relação custo benefício.