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artigo
Por Ricardo Frederico
Será que vale a pena
Muitas vezes é recorrente per-
cebermos desconforto nas em-
presas com e entre as pessoas,
principalmente de chefias com
subordinados. A sensação que
transparece é de que muitas
vezes precisamos “carregar”
as pessoas nas “costas”, pois
ou elas são eficientes, mas têm
gênios fortes ou impossíveis
de se suportar, ou fazem parte
do trabalho de forma relativa-
mente correta, mas não são tão
boas e por serem “boazinhas”
vamos deixando que fiquem.
Cada vez mais, percebe-
-se que esse tipo de atitude
pouco contribui com o suces-
so da empresa e, pior, pouco
contribui com a evolução das
pessoas.
Muitas vezes temos que, sim, corrigir,
instruir, mostrar o caminho, ser realmente
um “líder servidor”, mas tudo deve ter
um limite. Enfim, não devemos “carregar”
as pessoas, temos por obrigação ensiná-
-las, mas caso não queiram ou não este-
jam dispostas a aprender, ter a coragem
de substituí-las.
Já tive experiências interessantes onde
demiti a pessoa, que logicamente na
hora não gostou, mas que tempos depois
veio me dizer que entendeu o porquê e,
melhor, conseguiu ver o que precisava
melhorar e procurou se aprimorar e estava
feliz no que estava fazendo.
Com relação ao título deste texto, nada
mais quero dizer que: será que vala a pena
insistirmos em algo que não vai mudar?
Será que insistindo conseguiremos melho-
rar as pessoas e os resultados? A empresa
tem este tempo para aguardar pela mu-
dança? E as pessoas têm interesse genuíno
em mudar, evoluir?
Devemos esgotar sempre as possibilidades
e ainda entender que cada ser é único e,
como tal, nas empresas teremos pessoas di-
ferentes pensando e agindo diferente, mas
que devem ter em si um mesmo objetivo.
Pensa nisso e não deixe que teu dia te
consuma.
* Ricardo Frederico é sócio e diretor da
Exitus Consult
“Muitas vezes temos que, sim, corrigir, instruir, mostrar o
caminho, ser realmente um ‘líder servidor’, mas tudo deve ter
um limite. Enfim, não devemos ‘carregar’ as pessoas, temos por
obrigação ensiná-las, mas caso não queiram ou não estejam
dispostas a aprender, ter a coragem de substitui-las”