Revista LOJAS Papelaria - Edição 280

MONITORES 6 DEZEMBRO 2018 - LOJAS PAPELARIA ÍDIAS DIGITAIS Apesar do momento de trans- formação, o segmento de Mí- dias Digitais continua sendo uma das principais categorias de negócio. Para a Multilaser, por exemplo, o propósito de compra tem mudado, porém ainda existe um mercado muito grande à procura desses pro- dutos, avalia Luiz Cagno, ge- rente de produtos de Memória da empresa. A realidade é bem distinta para cada uma das categorias em questão, entende o gerente da Multilaser. “CDs e DVDs: essas mídias tradicionais continuam com a tendência de declínio, devido às novas tecnologias que surgiram, apesar de ainda representarem um mercado total relevante, de mais de 20 milhões de discos por mês, considerando todo o mercado. O mercado de pendrives também não cresce mais, porém ainda movimenta um volume de faturamento monstruoso. Estima-se um volume de venda de 20 milhões de pendrives por ano, e a Multilaser é líder absoluta, com mais da metade des- se mercado. Já cartões de memória, apesar de maduros, esses produtos ainda estão em um ciclo de vida mais jovem e pegam carona com outros mercados grandes, como o de smartphones, tablets, segurança, entre ou- tros. A tendência é que os cartões de memória ganhem mais representativi- dade dentre todas essas mídias em discussão, com cartões cada vez mais rápidos e de maior capacidade”, explica. Armazenamento na nuvem O armazenamento em nuvem trouxe algum impacto para esse mercado, porém não tão significativo, pois ele compete mais com as mídias de arma- zenamento de maior capacidade, como HDDs e Servidores. “Muitos brasi- leiros são adversos à ideia do armazenamento em nuvem, pois geralmente é cobrada uma mensalidade. Além disso, muitos têm forte receio sobre a segurança nesse tipo de backup. Já os serviços de reprodução de mídia por streaming causaram o maior impacto na demanda para esse tipo de produtos nos últimos anos. Eles oferecem uma vasta variedade de conte- údo de áudio e vídeo de forma prática e a um custo baixo ou até mesmo gratuito. No entanto, também há uma grande parcela da população que não tem interesse nessas plataformas, seja porque não tem um smartphone, uma smarTV, ou um cartão de crédito para atrelar às contas, mantendo esses consumidores junto às mídias tradicionais”, esclarece Cagno. Mudanças   O armazenamento de dados vem sofrendo alterações a cada década.  A Levox acompanhou esta evolução das migrações de tecnologias das mí- dias físicas, desde as fitas como K7 e VHS, depois vieram os CDs, DVDs, blurays, pendrives e cartões de memória. “Cada uma marcada por volumes de consumo diferente. Temos convicção de que, apesar do encolhimento do mercado, ainda é um nicho de consumo interessante, pois a mídia física é importante em muitos setores, visto que é preciso ter nas mãos os dados para serem acessados, enviados, transportados. A tendência é diminuir a oferta de marcas no mercado, isso contribuirá para melhora na qualida- de dos produtos e  as  margens das empresas vendedoras, visto que toda mídia vendida no Brasil é importada”, destaca Jaqueline Passos, diretora comercial da Levox. Jaqueline diz não sentir nenhum ruído quanto ao armazenamento na nuvem, visto que a maioria dos clientes Levox ainda armazena dados em mídias CD e DVD, pendrives e cartão de memória. “Entendemos que este nicho é importante aos hábitos de consumo atuais em países como o Brasil.” Um mercado ainda promissor Apesar do encolhimento do mercado, o segmento de mídias digitais ainda representa um nicho de consumo interessante, pois a mídia física é importante em muitos setores

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