Revista LOJAS Papelaria - Edição 292

42 LOJAS PAPELARIA ARTIGO Estimativas apontam que o número de transações via comércio eletrônico deve dobrar nos próximos cinco anos, atingindo um volume de 5,7 bilhões de dólares em 2023. Diante deste cenário, não é difícil perceber que a tec- nologia deve contribuir ainda mais para o avanço desse setor em âmbito global. A digitalização deve transformar negócios, criando novas oportuni- dades para vendedores e fornecendo aos compradores novas ferramentas e experiências. Para que isso de fato aconteça, é necessário investir cada vez mais em tecnologias avançadas. Mas, como fazer isso de forma eficaz? De acordo com a nossa experiência, esse investimento deve ser direcionado principal- mente para quatro frentes: fast payments, big data, Inteligência Artificial e tecnologias para o atendimento ao cliente. Em relação ao primeiro tópico, a constante mudança do perfil do consumi- dor e de como as marcas oferecem seus produtos exige a transformação nos métodos de pagamento, que devem ser cada vez mais cômodos e simplificados. Companhias que atuam no varejo digital devem ficar de olho em pagamentos “invisíveis”, realizados diretamente pelo celular, sem a ne- cessidade de utilizar algum cartão ou muito menos dinheiro. A utilização de Big Data também vem se mostrando essencial para o desen- volvimento do e-commerce. Com ela, as marcas são capazes de conhecer Quatro estratégias tecnológicas para o e-commerce do futuro *Por Marcelo Bernardino, head de Indústria e Consumo da Minsait no Brasil a fundo seus clientes, segmentando os consumidores por valores de suas compras, canais em que realizam estas compras e podendo direcionar de maneira mais assertiva suas campanhas publicitárias. Em terceiro lugar e fundamental para melhorar a relação entre marcas e consumidores, a Inteligência Artificial tem o papel de personalizar a ex- periência do cliente. Esta tecnologia possibilita às empresas monitorar a compra do cliente desde a busca e pesquisa por preços até o pós-venda, identificando falhas em toda a cadeia. Por último, a integração entre os canais e serviços tem de funcionar perfei- tamente, a fim de proporcionar a melhor experiência possível aos clientes. Atualmente, a maioria dos consumidores prefere o atendimento via canais eletrônicos – porém poucos gostam de interagir com chatbots, por exemplo –, o que torna as interações cada vez mais dinâmicas e inteligentes. Ou seja, é necessário estar atento para capturar o potencial de mercado que a tecnologia tem a oferecer. Mais do que disponibilizar os produtos ao público certo, é necessário saber dialogar com clientes e gerar eficiência de custos para tornar as operações sustentáveis. O varejo digital tem um amplo potencial de crescimento em todo o mundo (e, especialmente no Brasil) e saber como aproveitá-lo é um ponto fundamental para ter sucesso e garantir a própria sobrevivência nos próximos anos.

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