Revista LOJAS Papelaria - Edição 313

40 LOJAS PAPELARIA Pix é o preferido dos brasileiros para transferências, mas precisa avançar como meio de pagamento Uma vez superada a fase mais difícil do Covid-19, o ecossistema de pa- gamentos digitais entrou em transição acelerada no desenvolvimento de capacidades entre o mundo físico e digital. De acordo com o XI Relatório de Tendências de Meios de Pagamento, que acaba de ser apresentado pela Minsait Payments, uma empresa Minsait, a pandemia continua a impulsio- nar a adoção dos meios de pagamento sem contato. Embora o uso do dinheiro ainda esteja em alta, o cartão mantém seu desta- que, enquanto o percentual da população que utiliza meios digitais alterna- tivos de pagamento continua aumentando. As fintechs e bigtechs, originalmente considerados outsiders no meio fi- nanceiro, estão se tornando parte do ecossistema, ganhando massa crítica perante o sistema de bancos tradicionais. “Neobancos” e fintechs ganham terreno Os bancos tradicionais começam a dar lugar a novas empresas que atuam na área financeira e de pagamentos, especialmente os “neobancos”. Desta forma, embora o banco continue a ser a entidade com a qual mais opera- ções se realizam, 64,5% da população adulta bancarizada tem algum tipo de serviço ou produto financeiro ou de pagamentos e cobranças através de neobancos e 26,2% os consideram sua instituição financeira principal. Tudo isso, também impulsionado pelo fenômeno da multibancarização, Quase 8 de cada 10 brasileiros bancarizados operam com duas ou mais instituições bancárias. As fintechs estão aumentando sua presença atraindo clientes por meio de propostas que eliminam taxas, excelente UX (experiência do usuário nos apps) e planos agressivos de expansão de mercado. Porém, no lado da receita, o lucro de comissões (incluindo assinaturas Premium) é baixo e insuficiente para cobrir os custos. Nesse ponto, o desafio para elas é grande para se equiparem a grandes bancos, pois devem ser desenvolvidos serviços bancários típicos, como financiamento, gestão de patrimônio e banco pessoal, o que implica a ado- ção e cumprimento de obrigações regulatórias, aumento da capacidade de gestão de risco e atendimento ao cliente. Brasil encabeça a lista de países que mais usam cartões No conjunto de treze países incluídos no Informe, havia mais de 1,5 bilhão de cartões em circulação, sendo que dois em cada três são cartões de dé- bito e quase a metade corresponde ao mercado brasileiro e, considerando apenas o crédito, o Brasil concentra mais da metade, conforme mostram números na tabela abaixo. Ainda em relação aos cartões, o Relatório informa que o Brasil supera o uso em PDV (pontos de venda - máquinas de cartão) em 1,3x quando compara- do ao saque em caixas eletrônicos. Pix é consolidado como transferência, mas não em pagamentos em esta- belecimentos O relatório cita que o Pix está efetivamente mudando o cenário de paga- mentos no Brasil, que já está consolidado em transferências entre contas (P2P), mas não tanto em pagamentos. Ainda há um caminho a percorrer para sua adoção no segmento P2B porque o Pix ainda não está integrado aos equipamentos dos lojistas. Então a conciliação e outras necessidades ainda precisam ser feitas fora do seu sistema. Mas a ferramenta está em evolução. O Banco Central planeja soluções adi- cionais alavancadas no Pix. Estão por vir o Pix Cartão, Pix Offline ou Pix por Aproximação, para permitir pagamentos sem a necessidade de conexão à Internet com cartão pré-pago e o Pix Agendado, para agendar pagamentos de uma conta com Pix. Celular é o dispositivo mais usado para compras e serviços Entre computador, tablet e smartphone, este último predomina no Bra- sil para envio de dinheiro e compras no e-commerce. O uso do celular saltou de 74,3% em 2020 para 82,8% em 2021. O computador pessoal tinha uso de 55,7% em 2020 e caiu para 51,3% em 2021. Já o tablet tem uso bem mais tímido, mas, mesmo assim, aumentou de 4,3% em 2020 para 5,3% em 2021. O relatório confirma que a pandemia multiplicou por quatro o uso de pagamentos sem contato P2B, tanto de cartões quanto de celulares, para o qual contribuiu o aumento dos limites de 50 para 200 reais para pagamentos sem PIN. Relatório também afirma que Fintechs ganham terreno sobre os bancos, porém, precisam de atenção com custos das operações. Brasil lidera lista de países que mais usam cartão débito e crédito GIRO

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