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Crescimento do canal de vendas diretas foi o maior em 2007

18/03/2008 - 00:03
O mercado de vendas diretas nunca viu tantos novos revendedores como em 2007. De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), o canal de vendas fechou o ano com 1,879 milhão de revendedores ativos, soma 17,8% maior que o registrado há um ano. Com o feito, o segmento de vendas diretas se consolida como um dos que mais gera trabalho no País. No ano, esses revendedores movimentaram mais de R$ 16 bilhões, ou 11,7% a mais que o registrado em 2006.

Em comparação com outros setores, a taxa de crescimento do número de revendedores nas vendas diretas supera a verificada nas categorias medidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), entre as quais lidera o setor de construção, cuja mão-de-obra cresceu 12,6%.

No mundo, o Brasil ocupa a 10ª posição no ranking dos países que mais geram oportunidades em vendas diretas, de acordo com a World Federation of Direct Selling Associations. A quantidade de revendedores do País, por exemplo, equivale à população de cidades como Curitiba, uma das maiores do País.

No Brasil, estima-se que o revendedor tenha uma renda mensal média de 1,5 salário mínimo. Há contudo, uma demanda crescente por revendedores de perfil empreendedor, que se dedicam em período integral à atividade e faturam como pequenas empresas. Algumas destas, inclusive, ingressam no segmento comercializando produtos e serviços diferenciados, antes inimagináveis num ramo onde ainda predominam os produtos de perfumaria e cosméticos.

É o caso da Clubmaxi, nova empresa do setor que, comercializando serviço de VoIP (telefonia via banda larga), conseguiu reunir 35 mil revendedores em menos de um ano. Criada inicialmente para atuar no gerenciamento da tecnologia, a empresa se deu conta da enorme demanda do mercado por distribuidores do serviço, o que a fez rever seu foco de atuação.

A WOW!, por sua vez, ousou ao lançar a venda direta de serviços de viagens, um produto antes desacreditado. Hoje, contudo, a companhia vende seus pacotes para pessoas que nunca haviam feito grandes viagens, justamente pelo fato de seus revendedores conseguirem ir até as regiões onde estas pessoas estão, enquanto a concorrência das agências de viagens depende do fluxo inverso, isto é, que as pessoas visitem seu ponto comercial.

No ano de 2007, o volume de itens comercializados pelo segmento continuou crescendo com o mesmo vigor dos últimos três anos, com 1,389 milhão de itens vendidos - soma 11,77% maior que os 1,243 milhão de itens movimentados em 2006.

Para Rodolfo Guttilla, presidente da ABEVD, “o bom momento do mercado interno tende a favorecer o desempenho do setor em 2008, que se mantém em crescimento sustentável ao longo dos últimos anos. Essa sustentabilidade verificada é fruto da relação de confiança que o canal de vendas diretas conquistou com seus clientes, uma relação mais sólida que a encontrada em outros segmentos do comércio, quando tende a ser impessoal”, diz.

Série de crescimento das vendas diretas no Brasil
Fonte: ABEVD (Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas)

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