Faber-Castell

Desafios e perspectivas da indústria nacional do brinquedo

02/09/2025 - 08:09

Entre os cinco maiores mercados de brinquedos do planeta, com faturamento acima de R4 12 bilhões anuais no varejo, o Brasil segue como um dos poucos a manter sua indústria atuante

Carga tributária elevada, concorrência desleal motivada pelo contrabando e pirataria, além da necessidade da indústria se adaptar às novas gerações digitais, nascida na era dos smartphones e games, são os principais desafios da indústria, segundo Synésio Costa, presidente da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos)

À parte as oscilações econômicas e de câmbio no País, que impactam o custo de matéria-prima e importações, as perspectivas para a indústria, de acordo com o líder setorial, são boas. “A expectativa de crescimento é acima de 8% até 2027, com ênfase para o e-commerce, que detém praticamente 20% das vendas, e o apelo das marcas nacionais”, diz ele.

Atualmente há 400 fabricantes no País, concentrados principalmente no sudeste e sul, sendo aproximadamente 65% dos brinquedos vendidos de produção nacional.

Inovação digital e integração com filmes, séries e games, via licenciamento, são tendências da indústria, que também deve investir em sustentabilidade, reciclando plásticos. Brinquedos licenciados, de acordo com a Abrinq, já respondem por cerca de 50% das vendas em algumas redes, e os educativos, sustentáveis e tecnológicos despontam. Igualmente com força de crescimento está o segmento “kidults”, lembra Synésio, impulsionado por bonecos e produtos da cultura pop que seduzem adultos colecionadores.

O ticket médio em datas como Dia da Criança e Natal, que concentram 65% das vendas da indústria no ano, vai de R$ 150 a R$ 250 por criança, comprados predominantemente pelas classes B e C. “A pressão por preço sempre foi uma variável decisiva nesse mercado”, observa o presidente da Abrinq.

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