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PAPO DE BALCÃO
Lojas
Novembro
2010
12
O consumidor não é bobo, ele vai olhar um
produto, depois vai olhar outro e só pela mar-
ca que está no próprio caderno, não justifica
para ele que eu posso estar pagando mais de
100% do preço do comum naquele produto.
Tem que ter algum valor percebido maior. Aí
é que entram os recursos que a gente procura
oferecer, os diferenciais, a combinação desses
elementos.
Revista Lojas - O investimento inicial,
em 2006, foi de R$ 80 milhões. E agora,
com os outros equipamentos?
Ivan Bignardi -
Algo em torno de R$ 10
milhões.
Revista Lojas - Em relação à política
de atendimento, a Bignardi atua hoje
com o varejo diretamente ou através de
distribuidores?
Ivan Bignardi -
A Bignardi, em relação
a consumo, trabalha com representação
comercial e possui em torno de 50
representantes com escala nacional,
que visam atender ao varejo, papelarias,
mercados, além de autosserviço e também
atacadistas que possuem uma capilaridade
em regiões que não conseguimos alcançar
diretamente.
Revista Lojas - Quanto, em
porcentagem, o canal papelaria
representa para a empresa?
Ivan Bignardi -
Em torno de 50%, entre
papelarias e atacados.
Revista Lojas - Os investimentos de
vocês têm sido bem arrojados e o bom
momento da economia agora gera uma
expectativa em relação ao crescimento
do País. Nesse contexto, quais são as
metas de crescimento da Bignardi?
Ivan Bignardi -
Entre março de 2010 e
fevereiro de 2011 projetamos um crescimento
da ordem de 20% a 25%. O volume maior
de faturamento dentro desse período de
março a fevereiro teve início em setembro.
Nós já iniciamos em maio a distribuição
dos lançamentos de 2011. Muitos já estão
trabalhando com os nossos produtos e
fizemos o lançamento, durante a feira Escolar,
de alguns complementos.
Revista Lojas - Para os produtos de
alto valor agregado, hoje é viável a
exportação também?
Ivan Bignardi -
Nossa exportação está
mais voltada para o Hemisfério Norte, que
possui uma sazonalidade escolar diferente da
nossa, se contrapondo ao hábito escolar do
Hemisfério Sul. Então, o período mais forte
de aquisição de produtos lá coincide com
o período mais fraco nosso. É um mercado
bastante competitivo, com características
diferentes, onde o consumidor tem uma
mentalidade diferente da nossa. O objetivo
é ter o produto pelo valor intrínseco que
ele possui. É uma vantagem cognitiva, e
não emocional. Muito embora este ano
nós tivemos a exportação dos cadernos
Coca-Cola, iniciamos a venda dos cadernos
brasileiros com um bom volume da marca
Jandaia.
A exportação sofre bastante, isso pelo menos
no aspecto técnico. O câmbio tem momento
em que é mais favorável, tem momento em
que não. Tivemos um período ruim de câm-
bio para a exportação, isso é sabido. Existe a
competição também feita internacionalmen-
te. Os Estados Unidos são um país bastante
assediado pelo México, pelos países asiáticos,
pelo Egito etc., pois é o maior mercado do
mundo.
Revista Lojas - Quanto representa a
exportação em porcentagem?
Ivan Bignardi -
Já chegamos a exportar mais
de 30% da produção. Um número que temos
como base é em torno de 20%.
“A Bignardi,
em relação
a consumo,
trabalha com
representação
comercial e possui
em torno de 50
representantes
com escala
nacional, que
visam atender
ao varejo,
papelarias,
mercados, além
de autosserviço
e também
atacadistas que
possuem uma
capilaridade em
regiões que não
conseguimos
alcançar
diretamente”