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GIRO
Lojas
Março
2011
63
Varejo encerra 2010 com
crescimento de 7,5%
O varejo brasileiro teve seu melhor ano
em 2010. Os números levantados pelo
IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas),
pesquisa realizada mensalmente com os
associados ao IDV (Instituto para De-
senvolvimento do Varejo), revelam um
crescimento de 7,5% nas vendas reais
deste ano em comparação com 2009, que
fechou com aumento de 3,6% em relação
a 2008.
Ainda de acordo com o estudo, as vendas
do comércio cresceram 9,5% em dezem-
bro sobre mesmo mês do ano passado,
e as perspectivas para 2011 começam
bastante positivas, já que a projeção de
crescimento real das vendas é de 9,2% em
relação ao primeiro trimestre de 2010.
O segmento de bens não duráveis, como
supermercados, hipermercados, farmá-
cias, drogarias, perfumarias e alimentação
fora do lar, novamente foi o que mais se
destacou em dezembro, com crescimento
de 13,2% em relação ao mesmo mês de
2009. É também o setor no qual se espera
as maiores taxas de aumento em janeiro e
fevereiro, 14,6% e 15% respectivamente.
O varejo de bens duráveis (móveis, eletro-
domésticos, material de construção, entre
outros) sinaliza que deve crescer em ritmo
forte, a taxas de dois dígitos nos três pri-
meiros meses de 2011. Em dezembro, este
segmento fechou com crescimento de
9,2% nas vendas, e espera-se aumento de
10,2%, em janeiro, e 12,9%, em fevereiro.
O segmento de bens semiduráveis, com-
posto pelos setores de calçados, vestuário,
livrarias e artigos esportivos, também
prevê taxas de crescimento positivas no
próximo trimestre. Em dezembro, as ven-
das foram 8,2% mais altas que no mesmo
período do ano anterior.
Cenário econômico
O crescimento de todos os setores do vare-
jo é resultado de uma conjuntura favorável
para os principais fatores determinantes
na decisão de consumo. Os últimos dados
divulgados pelo Banco Central mostram
a taxa de juros a pessoas físicas em sua
menor média mensal desde o Plano Real:
39,1% ao ano em novembro. Em dezem-
bro, mais uma vez a confiança do consu-
midor alcançou seu maior patamar desde
que a Fundação Getúlio Vargas começou a
realizar a medição. Já o mercado de traba-
lho segue aquecido, pois, em novembro, o
IBGE registrou nova mínima histórica para
a taxa mensal de desemprego: 5,7%.
A situação de “pleno emprego” vigente
no País vem alavancando um ciclo vir-
tuoso de consumo. Uma fatia maior da
população encontra empregos, e os em-
pregados recebem maiores salários, assim,
o consumo aumenta. Como as famílias
preveem uma situação de estabilidade,
ou melhoria de suas condições, sentem-
-se mais seguras para realizar compras de
maior valor. Desta forma, a inadimplência
diminui, reduzindo, consequentemente, as
taxas de juros.
O ano de 2011 deverá ser de crescimen-
to menos intenso, porém, a comparação
será sobre uma forte base estabelecida
em 2010, um dos melhores anos da
economia em período recente. Fonte IDV