Revista LOJAS Papelaria - Edição 281

14 JAN/FEV 2019 - LOJAS PAPELARIA GESTÃO De acordo com o Portal No Varejo, algumas outras gigantes no mercado nacional também estão investindo em big data, como a Leroy Merlin, que enxerga nos dados uma grande oportunidade de inovação em estratégias omnichannel e a Ri Happy, que encontrou na tecnologia uma forma de ex- pandir as vendas. Com tantos dados valiosos em mãos, a big data também tem sido utilizada para criar estratégias de branding e posicionamento mais assertivas, como no caso dos Postos Ipiranga. A partir do perfil de seus consumidores, a rede faz avaliações de posicionamento atual e futuro, visando maior aproxi- mação com seus consumidores. No Brasil, o big data gera uma receita aproximada de 1,16 bilhão. Big Data e a Inovação no Varejo Os varejistas não são questionados apenas sobre os desafios, mas tam- bém sobre o efeito da big data na Como os dados tornaram-se essenciais para o sucesso do merchandising no varejo Mas poucos varejistas se qualificam como orientados a dados. Com a falência e o fechamento de lojas - em diversas partes do mundo, sem mostrar sinais de evolução, levanta-se a questão sobre o que diferencia um varejista bem-sucedido dos demais. De acordo com um novo estudo da Snowflake Computing e da Harvard Business Review, publicado na e-Marketer Retail em dezembro de 2018, as empresas que tomam decisões baseadas em dados têm a melhor chance de longevidade. Apesar de parecer óbvio, apenas 5% das empresas de varejo e de bens de consumo se qualificam como orientadas por dados, metade da média da pesquisa, que é de 10%. A pesquisa também destaca a oposição dos dados declarados, já que o setor varejista é o que mais atribui importância à obtenção de melhores informações sobre as necessidades e expectativas dos clientes (89%). A tomada de decisão mais rápida também foi uma prioridade (79%), além de melhorar a eficiência de processos e custos (68%). Uma pesquisa realizada em julho de 2018 pela Retail Systems Rese- arch (RSR) aprofundou as diferenças entre os bem e os mal sucedidos varejistas. Os classificados como vencedores acreditam que os dados se tornaram um ativo estratégico que é crítico para o sucesso do varejo (88%) contra 68% do que aqueles com vendas anuais mais baixas. Big Data no Brasil Segundo estudo realizado pela consultoria Frost & Sullivan, e publicado na Folha de São Paulo, o Brasil é líder na América Latina para o uso de big data, sendo a rede varejista um dos principais investidores. Abrindo caminho para o mercado brasileiro, o Magazine Luiza é uma referência no uso de dados no varejo. Com o e-commerce no ar há quase 20 anos, a empresa trabalha para ‘digitalizar’ também os fun- cionários das lojas físicas. Isso porque os números mostram que grande parte dos clientes que busca as lojas já possui uma referência online, permitindo vendas mais rápidas e as- sertivas, aumentando a expectativa dos clientes. O Grupo Pão de Açúcar é um dos responsáveis por este salto numérico, a partir da coleta de dados massivos dos programas de fidelidade para personalizar ofertas com base no perfil de compras do consumidor. De acor- do com a publicação, o aplicativo para celular, lançado em 2017, foi baixado por 1 milhão de usuários apenas no primeiro mês e a quantidade de vendas no caixa au- mentou de 69% para 80% na rede Pão de açúcar e de 37% para 44% no Extra.

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