Revista LOJAS Papelaria - Edição 282

MONITORES 8 MARÇO 2019 - LOJAS PAPELARIA ERCADO Em 1948 a Sears abriu a primeira unidade no Brasil. Nos anos 1960, o primeiro shopping foi aberto. Nessa época, o varejo ainda era dominado por grupos familiares. O movimento atual que estamos vivendo ainda era incipiente. A maior aceleração do varejo aconteceu nos últimos 20 anos. O PIB em 2000 era de 4,6 bilhões e hoje é de 7,9. A quantidade de lojas por 100 mil habitantes passou de 7 para 14, além disso, a informalidade diminuiu. “Por outro lado, apenas pouco mais de 3% das vendas do varejo brasileiro acontecem no meio online”, disse Yamashita. De 2000 a 2009 a expansão do varejo aconteceu de forma mais forte. “Foi um período em que os grupos financeiros, pela expectativa de manutenção do consumo vieram para o Brasil. também acontecerão fusões e aquisições para ajudar neste crescimento. O comércio eletrônico começou e enfrentou a bolha da internet, que atrasou o processo de digitalização aqui”, resumiu Gouvêa. De 2010 até hoje, aconteceu a expansão multicanal, a chegada do omniconsumidor empoderado e a maior consolidação do varejo. “Por outro lado, grupos internacionais deixaram o Brasil porque tiveram dificuldades em manter seu modelo de atuação aqui e decidiram sair do país”, explicou Gouvêa. No ano passado encerramos o ciclo - da que foi talvez - a maior recessão da história brasileira. As empresas se tornaram mais eficientes e produtivas, devido às mudanças pelas quais tiveram que passar para enfrentar a crise. “Novas tecnologias de VR e AR, além das de voz estão se desenvol- vendo e vindo para o varejo”, disse Marcos Gouvêa. Grupo GS& gouvêa souza traça panorama do varejo e faz previsões para o futuro do setor até 2025 O varejo está mudando rapidamente e quem não acompanhar esta evolução ficará para trás neste mercado que é cada vez mais competitivo. Os consultores do Grupo GS& Gouvêa de Souza estão atentos a estas movimentações e trazem as previsões para o setor em 2025. Uma delas é o aumento da presença do varejo brasileiro no mercado internacional “A área de Material de Construção deverá ser mar- cada por fusões, marcas próprias e pelo uso de re- alidade virtual e realidade aumentada”, disse Caio Camargo, sócio-diretor da GS&UP. Já os segmentos de Farmácia e a Saúde deverão ser marcados pela consolidação do mercado, cres- cimento de marcas próprias. “Além disso, nossa legislação tenderá a ser mais flexível, permitindo que novas categorias sejam comercializadas nestes locais”, esclareceu Alexandre van Beeck, sócio-di- retor da GS&Consult. Moda & Vestuário são marcadas pela preocupação com sustentabilidade que cresce entre os consumi- dores. “A tecnologia deverá crescer também. É qua- se como se tivéssemos um smartwatch acoplado às nossas roupas. Elas serão adaptáveis à temperatura e poderão ajudar em deficiências e a evitar ataques cardíacos, por exemplo”, disse Sandra Hayashida, sócia-diretora da GS&Digital. Em Alimentos e Conveniência deverão surgir no- vos formatos, com lojas menores. A experiência e a conveniência deverão se manter e crescer, estando fortemente aliadas ao digital, com delivery, pick up in store e outras modalidades que facilitam as com- pras para os consumidores. No setor de Foodservice, a alimentação fora de casa deve crescer. Robôs farão parte do dia a dia dos restaurantes, trazendo praticidade. “Cerca de 30% da população brasileira será vegetariana. Existem controvérsias quanto ao número, já que os hábitos tendem a variar, mas esta é uma tendência”, disse Cristina Souza, diretora-executiva da GS&Libbra. Os automóveis autônomos devem crescer, assim como o compartilhamento. “Todas estas mudan- ças obrigarão as montadoras a rever seus modelos de negócios. Os modelos de aluguel são um dos possíveis caminhos”, disse Fabiana Mendes, sócia- -diretora da GS&Friedman.

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