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O setor de brinquedos não foi afetado pela crise em 2008

18/12/2008 - 00:12
O setor de brinquedos não foi afetado pela crise em 2008 Synésio da Costa, presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedo (Abrinq), disse à revista Espaço Brinquedo que o setor este ano se mostrou estável, com leve queda nas vendas.

“O cenário do mercado de brinquedo, apesar de estável, contou com a retração das vendas, o que empurrou para o Dia da Criança e o Natal grande expectativa com relação às vendas”, afirmou o presidente.

A Abrinq registrou aumento de 8% nas vendas para o Dia da Criança. Para o presidente da entidade, o setor não foi afetado pela crise, pois os pedidos de brinquedos já tinham sido feitos e, com isso, não houve repasse nos preços para o consumidor. Já para o Natal, acredita que os produtos sejam reajustados em 9%, em razão do aumento da matéria-prima.

Costa ainda fala sobre alguns novos fatores que entraram em cena. “Os chineses estão com graves problemas no que se refere à lei trabalhista, o que encareceu em 28% seus produtos. O dólar num patamar mais humano possibilita o equilíbrio entre os produtos nacionais e importados. A indústria prepara, no mínimo, 1,5 mil novos brinquedos para final de 2008 e para o ano de 2009 e, por fim, a China apresenta dificuldades em relação à certificação de produto, que é uma exigência mundial”.

“Todos esses fatores abrem uma janela para a indústria nacional. É a possibilidade de transferir produto para o Brasil”, analisa.

Para 2009, a expectativa do presidente é a diminuição da participação chinesa no País. “Podemos afirmar que em 2009 devolveremos aos chineses 25% do mercado. Hoje estão com 50%”, afirma. Para Costa, esse conjunto de fatores é muito positivo para os fabricantes nacionais.

Quando questionado sobre a imagem do brinquedo que, segundo ele em entrevista no começo do ano, estava destruída, Costa é categórico. “A imagem não foi ainda restabelecida. O consumidor não esquece, tem em mente os perigos que o brinquedo pode oferecer. Nesse sentido, os Estados Unidos são irresponsáveis. Estamos trabalhando para melhorar essa imagem, mas só dá para combater essa situação com muita novidade” afirma. (Fonte: Primeira Página)

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