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Varejo eletrônico indica descentralização na participação das lojas

26/03/2009 - 00:03
Varejo eletrônico indica descentralização na participação das lojas Segundo dados divulgados recentemente pela e-bit, o comércio eletrônico brasileiro faturou R$ 8,2 bilhões em 2008, o que significa um aumento de 30% se comparado com o ano anterior.

O resultado dá mostra que o mercado do e-commerce nacional continua em franca expansão, entretanto, uma mudança significativa indica que o segmento está em vias de um novo momento: a descentralização das lojas no montante de vendas.

Levantamento comparativo do quarto trimestre de 2008 com igual período de 2007 revela que os dez maiores varejistas do mercado nacional perderam 3,2 pontos percentuais de participação no mercado, mesmo que continuem registrando forte crescimento em seus resultados individuais. Se considerado somente a participação do líder de mercado, a perda chega à 5,3 pontos percentuais de market share.

Para Pedro Guasti, diretor-geral da e-bit, o menor custo para implantação e divulgação online de uma loja aliado a maior oferta de ferramentas e fornecedores especializados em e-commerce são os principais responsáveis para a desconcentração do mercado de comércio eletrônico. "É possível encontrar dispositivos para segurança, crédito, propaganda online, logística e pós-venda com custos acessíveis, o que garante uma presença mais democrática das lojas".

Ao mesmo tempo em que os primeiros perdem terreno, os pequenos e médios varejistas registraram um crescimento de 6% na participação no mercado se comparado os resultados do quarto trimestre de 2007 e 2008. Segundo Guasti, isso demonstra a maturidade do consumidor, já que ele deixou de se guiar somente por grifes e lojas de marca reconhecida e passou a buscar a melhor oferta e condição de venda por meio de vasta informação disponível de loja e produtos em sites de busca, comparação de preços e conteúdo colaborativo (Web 2.0).

Entretanto, o executivo da e-bit alerta para o cuidado que se deve ter em não acabar sendo vítima de um golpe. "Antes de comprar um produto, é necessário checar a credibilidade e a reputação da loja", ressalta.

Ao que tudo indica, apesar de ainda pequena, a desconcentração do setor pode ser uma tendência, abrindo espaço e oportunidades para as PME’s investirem nesse setor. Chegou a vez dos pequenos, assim como acontece no mundo offline no qual as 50 maiores empresas varejistas são responsáveis por mais de 58% do faturamento. (Fonte: Associação Brasileira de Supermercados – Abras 2007).

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