Menos de seis meses após a abertura de sua subsidiária no Brasil, a ABBYY, companhia russa que já vendeu mais de quatro milhões de cópias de seus softwares de reconhecimento ótico de textos, prepara-se para entrar no varejo. O primeiro passo nesse sentido foi dado nesta segunda metade de julho com a assinatura de um contrato com a brasileira XpressSoft, empresa especializada em logística de distribuição de produtos de software com cerca de 700 pontos de venda cadastrados em todo o País. Pelo acordo, a XpressSoft passa a ser a primeira distribuidora oficial da marca no Brasil, atuando em um primeiro momento com exclusividade no segmento de varejo.“Queremos ver o produto nas grandes lojas de informática, livrarias e outros pontos de venda que concentram o interesse do consumidor de software, a exemplo do que ocorre nos EUA, na Europa e Rússia”, diz o gerente de desenvolvimento de negócios da ABBYY no Brasil, João Rotta. “Hoje nosso movimento está centrado na comercialização eletrônica, por meio de licenças de uso, mas a intenção é avançar nos mercados de pessoas físicas e de pequenas e médias empresas, que oferecem melhores condições de crescimento acelerado. Para isso a presença de um distribuidor é muito importante”.
Segundo Rotta, a comercialização em lojas terá como foco o ABBYY Fine Reader Professional 9, um software para PC que faz reconhecimento e transforma em documentos editáveis textos impressos em 179 idiomas, incluindo ideogramas do chinês e do japonês. Além do middle market, de pequenas empresas, a distribuidora XpressSoft quer alavancar o programa em pontos de venda que falem diretamente com dois públicos importantes do mercado de OCR – o de advogados e de empresas do meio publicitário.
“Empresas de pesquisas de mercado e bancas de advogados têm no Fine Reader um produto sob medida para cortar custos e acelerar andamento de projetos”, diz Rafaela Pedrosa, gerente nacional de marketing da XpressSoft. “No caso dos escritórios de advocacia é possível criar em minutos documentos editáveis a partir de acórdãos impressos que, de outra forma, exigem dias de redigitação”, exemplifica ela.
A intenção da distribuidora é ter o Fine Reader nas gôndolas de 50 supermercados, livrarias e grandes revendas de informática até o início de agosto. “Vamos avaliar como o consumidor responde antes de pulverizar a distribuição”, diz Rafaela. Atualmente, segundo João Rotta, a marca é vendida no varejo por poucos revendedores, ainda de forma tímida. No entanto, segundo ele, o programa tem potencial para repetir no Brasil as boas marcas alcançadas na Europa e na Rússia, “onde o produto é quase uma commodity eletrônica, como os anti-vírus”. Informações: www.xpresssoft.com.br.
