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GIRO
Lojas
Junho
2013
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Faturamento das MPEs paulistas
cresce 7,1% em fevereiro
O faturamento real, já descontada a inflação, das
micro e pequenas empresas paulistas (MPEs) au-
mentou 7,1% em fevereiro, na comparação com
o mesmo mês de 2012. Foi o melhor resultado
para um mês de fevereiro desde 2001. Na com-
paração com igual período do ano anterior, foi o
14º crescimento seguido do índice. Os dados são
da pesquisa mensal Indicadores, do Sebrae-SP. 
A receita total das MPEs  do Estado de São Paulo
somou R$ 42,8 bilhões, o que representa R$ 2,8
bilhões a mais que em igual período de 2012.
No confronto com janeiro deste ano, houve
elevação de 4,9%, uma alta de R$ 2 bilhões no
resultado.  Na média, cada MPE viu entrar no seu
caixa R$ 27.387,93. 
“O ritmo modesto do crescimento da economia
brasileira não impediu que as MPEs tivessem
bom desempenho. O impulso veio do consumo
aquecido no mercado interno, que foi estimula-
do pelo momento positivo do mercado de traba-
lho e da renda”, afirma o diretor-superintendente
do Sebrae-SP, Bruno Caetano. 
Na análise por setores, serviços foi o destaque em
fevereiro, com avanço de 15,1% ante o mes-
mo mês de 2012. O faturamento da indústria
aumentou 5,5% e o do comércio, 1,3%. 
No que diz respeito ao desempenho por regiões,
o faturamento das MPEs da cidade de São Paulo
registrou o maior crescimento (22,2%). A região
metropolitana vem em seguida, com aumento
de 12,9%, e o interior do Estado com alta de
1,3%. No mesmo período de comparação, ape-
nas a região do ABC teve variação negativa, onde
o faturamento das MPEs locais encolheu 2,3%. 
No primeiro bimestre deste ano, as MPEs paulis-
tas registram elevação de 4% no faturamento em
relação ao mesmo intervalo de 2012. 
Expectativas
49% dos proprietários de MPEs no Estado de
São Paulo acreditam que o faturamento de seus
negócios ficará estável nos próxi-
mos seis meses e 35% esperam
um aumento da receita, os mes-
mos índices de março de 2012.
“Porém, chama a atenção o fato
de o menor grupo, que prevê
piora no resultado, ter aumen-
tado ligeiramente: eram 3% em
março do ano passado e agora
são 5% os que têm expectativa
negativa”, diz o consultor do Sebrae-SP, Pedro
Gonçalves. Outros 11% não souberam dizer
como será o comportamento dos negócios nos
próximos seis meses.
A maioria dos donos de MPEs paulistas (54%)
também fala em manutenção no nível de ativi-
dade da economia brasileira. Em março de 2012,
esse grupo era menor: 52%. Já para 27% a pers-
pectiva é de melhora. A parcela dos que esperam
piora nesse indicador também cresceu: de 8%
em março de 2012 para 9% em igual mês deste
ano. Os que não sabem dizer como a economia
vai se comportar são 10%.
“A previsão do Banco Central é que o Produto
Interno Bruto avance 3% este ano ante 2012, o
que significará uma razoável melhora, já que no
ano passado só aumentou 0,9% na comparação
com 2011”, aponta Gonçalves.
Devem contribuir para a melhora do PIB o recuo
da taxa básica de juros, a Selic, ocorrido em
2012, a desoneração da folha de pagamento das
empresas, a redução da tarifa de energia elétrica
e a desvalorização do real ante o dólar. “Esse
conjunto de medidas deverá reflexos positivos,
inclusive no setor industrial, um dos que mais
têm tido dificuldades para apresentar bons
resultados. A variação no câmbio, que deixa os
produtos nacionais mais baratos na concorrência
com os importados, é um fator a ajudar nesse
sentido”, explica Caetano.
Segundo Caetano, a manutenção da renda e da