Revista LOJAS Papelaria - Edição 306

LOJAS PAPELARIA 25 midor final”, destaca a diretora de Data & Analytics da Nestlé. “Nosso foco é entregar inteligência para os nossos clientes e ajudá-los a vender melhor, criar algoritmos, coleta de dados, para uma melhor aderência ao modelo de negócios”, complementa Larissa. “A lapidação de dados traz mais assertividade com o cliente”, afirma Emer- son Kurebayashi, da Dafiti, empresa que já nasceu digital e tem mais de 450 mil produtos de moda para mercados da América Latina (Chile, Argentina e Colômbia). Segundo o executivo, a Dafiti usa dados e IA nas mais diferentes frentes da companhia para conhecer melhor o seu cliente e prever necessi- dades com uso de métricas, tempo de resposta e entregas focadas em User Experience. Para Attila Martins, do Grupo Boticário, “os desafios para gran- des empresas são comuns, uma vez que têm várias marcas, com diferentes dados, granularidade, informações e históricos. “Tudo isso, compõe a cadeia produtiva de fim a fim.  E na logística, precisamos considerar a previsibilidade para orquestrar o tempo da produção”, conta o executivo que reforça o tra- balho forte do Grupo Boticário com o uso de ciência de dados desde 2016. Na sequência, o executivo da Alelo falou sobre o Índice Alelo Fipe e apre- sentou o case “O uso da inteligência artificial e machine learning como alia- dos nas vendas”. Como uma empresa que possui três tipos de clientes – as empresas contratantes, os portadores do benefício e os estabelecimentos comerciais -, a importância do uso de dados inteligentes se faz ainda maior. Para ele, os dados estão acima do petróleo, se referindo à comparação muito utilizada sobre o dado ser o novo petróleo. “Dados são ativos ines- gotáveis. Quanto mais você usa, mais você tem. Assim como o petróleo, os dados precisam ser refinados. Dessa forma, é possível utilizar a mesma informação para diferentes objetivos”, afirma Martins. O CDO da Via, Helisson Lemos, contou os detalhes sobre a transformação digital de sucesso que acaba de empreender. A transformação do portal de duas das maiores varejistas do Brasil - Casas Bahia e Ponto Frio – em ma- rketplace trouxe resultados surpreendentes para a Via e para o cliente. Com o objetivo de se tornar menos transacional e mais relacional, o marketplace foi uma peça essencial para essa transformação, que realmente coloca o cliente em primeiro lugar. “A pandemia impulsionou esse processo, fazen- do com que a tecnologia deixasse de ser um fator limitante para se tornar aceleradora da empresa”, explica Lemos. E complementa: “Aqui estamos falando em atender o Brasil de verdade, não estamos falando de robô nem do filme Minority Report, mas do Brasil que é a cara da Via.” Já Glória Porteiro, head de Transportes da Infracommerce, e André Horst- mann, gerente de Operações do Empório da Cerveja, e-commerce da Ambev, discutiram sobre o projeto de dark stores da Infracommerce, que são micro centros em locais com muita concentração de vendas, que utili- zam  geolocalização para monitoramento de estoques, o que permite apro- ximar os produtos do consumidor. Segundo Porteiro, o e-commerce sem- pre foi pautado em entregas realizadas em dias, mas houve uma migração para a entrega em horas, podendo evoluir para minutos. “Quando falamos em dark store, estamos muito mais próximos do nosso cliente final. Conse- guimos pensar a logística de forma a construir um portfólio de acordo com as regiões”, destaca Hortsmann. Novas maneiras de fidelizar o cliente O painel “Crescimento exponencial da venda de produtos e serviços por meio de mensagens eletrônicas e redes sociais” reuniu Tatiane Alves, gerente de Novos Negócios da Magazine Luiza; Inajá Azevedo, CTO da Amaro; Claudio Marassi, diretor de TI da Sodimac; Daniel Storch, diretor de E-commerce, e Daniel Pereira, CTO da GVP Digital, sob a modera- ção de Ronald Nossig, sócio da OasisLabe VAREJO180. Os participan- tes abordaram a importância de integrar as informações em uma única plataforma para garantir uma melhor experiência para o consumidor. Segundo Inajá, as redes sociais permitem que a marca seja assertiva na identificação dos perfis e na maneira de construir e enviar mensagens adequadas. Para o executivo da Sodimac, “conhecer o momento do clien- te e fazer a abordagem correta garantem o sucesso do negócio”. Para Daniel, o investimento em tutoriais para ensinar a utilizar os produtos da marca tem sido uma maneira eficiente de interação com o consumidor pelas redes sociais. Tatiane Alves ressalta que o treinamento da equipe de vendas é uma prio- ridade para unificar as informações. “É uma forma de engajar a base e oferecer uma experiência diferenciada ao consumidor. Mais do que venda, temos um papel social, já que a nossa plataforma atende tanto pessoas jurídicas quanto físicas, que são autônomas ou buscam complementar a renda como ‘divulgadoras’ do Magalu. Queremos que a tecnologia che- gue às pessoas de maneira simples para que possam utilizá-la da melhor maneira”, complementa. O Digital Series Varejo também promoveu uma reflexão sobre formas de estimular clientes a usarem meios digitais de pagamento em toda a jor- nada, especialmente com o PIX e implementação do conceito de Open Banking. Livia Mendonça, gerente de Inovação da Alelo; Marilia Pereira, gerente de Serviços Financeiros da Cia. Hering, e Thais Uliano de Jesus, gerente de Serviços Financeiros da Raia Drogasil, participaram do pai- nel “Identificando novas oportunidades de venda e fidelização de clientes com um novo ecossistema de pagamentos”, também com a moderação de Ronald Nossig. A gerente da Raia Drogasil apresentou três pontos que considera funda- mentais para buscar a fidelização: focar na experiência sem fricção, seja no mundo físico ou digital; compreender a mudança de comportamento do consumidor e contribuir para que a experiência no digital seja tão boa quanto no mundo físico e, por último, se preocupar com as especificida- des de cada região. “Não podemos achar que as pessoas têm comporta- mentos semelhantes em qualquer lugar do País. É preciso entender a di- nâmica de cada localidade onde estamos presentes, colocando o cliente no centro do negócio”, enfatiza. Segundo Livia Mendonça, o varejo precisou se adaptar e olhar a fideli- zação com viés de experiência, que vai muito além de um cupom. Assim como ela, Marilia e Thais acreditam no modelo de venda híbrida após a pandemia. “Nosso DNA está na loja física. Quanto mais pudermos integrar os dois mundos, melhor será a experiência do cliente”, reforça a gerente de Serviços Financeiros da Raia Drogasil. Para finalizar o evento, Lyana Bittencourt, CEO do Grupo Bittencourt, abordou como como o livestreaming vem se transformando em uma nova forma de comunicação, relacionamento e vendas. “Live commerce não é mais tendência, é realidade. O fato de ser mais humanizado, com alguém orientando sobre os produtos, que variam de acessórios para pets a mon- tagem de uma cozinha planejada, gera conexões e auxilia no aumento de vendas”, finaliza.

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